Queridos Gêmeos - Harry Styles - Capítulo 6


Quando desliguei o chuveiro, me lembrei das coisas que estavam cozinhando. Gritei Harry, mas ninguém respondeu. Me enrolei na toalha e desci depressa.

Cheguei na cozinha e ele estava mexendo com as panelas, mas olhava de dois em dois segundos e sorria bobo para os nossos filhos. Porém isso mudou quando me viu ali. Ficou me encarando de cima a baixo como se me visse pela primeira vez.

- O que? - Ergui uma das sobrancelhas. - Você já viu muito mais do que isso, até parece! - Dei as costas para voltar a subir. 

- Espere! - Parei e o olhei. - Me deixe te ter por uma última vez? 

Aquilo fez imediatamente um arrepio se criar e descer como um raio da minha cabeça aos pés, mas me contive para não deixar transparecer. 

- Não sou nenhuma garota de programa. - Me virei e continuei a subir. 

- Mas ainda é minha mulher e a partir do momento que você diz "Sim, eu aceito.", o seu corpo pertence a mim. - Disse com uma certa arrogância. 

- Porém a partir do momento em que eu digo "Vamos nos divorciar.", não pertence mais. - O ignorei e subi. 

Idiota, realmente está achando que iremos resolver mais uma briga dessa forma! Não mais!

Me troquei furiosa! Roupa simples, shorts e regata. 

Ouvi o choro de Cody e desci depressa. Sim, eu já reconhecia choros.

- Estou chegando, meu bebê! - Desci as escadas. - O que o idiota do seu pai fez agora? Te bateu? - O insultei como se não estivesse presente. 

- Eu nunca faria isso. - Disse me entregando o Cody, ele estava nervoso. 

Peguei Cody e eu já sabia, fralda suja. 

- Vamos tomar um banho! 

Subi, enchi a banheira com água morna e fui tirando a roupa do Cody enquanto ele me olhava. Parecia estar bem animado. 

- Gosta de ficar pelado, não é? Nunca vi tão parecido com seu pai. 

Peguei Cody e comecei o banho. Ele batia os pezinhos e claro, eu tinha que segura-lo. Caso contrário ele iria se afogar. 

Fiquei pensando em Harry enquanto eu olhava para o meu pequeno. Ele poderia se casar e se esquecer de nós. Aliás, ele tinha mil chances disso a mais do que eu. Era jovem, bonito, não tinha nada a perder. 

- Sabe Cody, talvez seu pai me deixe para procurar alguém melhor. - Cochichei pensativa. - Claro, eu sei. Fui eu quem pediu divórcio, mas eu o amo de verdade. Nada prova mais isso do que minha vontade de vê-lo feliz. Não se preocupe, eu não vou tirar nenhum direto dele. Ele poderá visitar vocês, brincar com vocês... Mas eu... eu posso pedir uma coisa? - Funguei e senti algumas lágrimas de decepção. - Quando ele trazê-la pra cá, não me deixem de lado. Quando eu negar algo a vocês, não digam que prefeririam ela do que a mim. Eu provavelmente vou chorar por dias e vocês são a única coisa que eu tenho. - Olhei para Cody e percebi que me olhava sério, havia parado de brincar como se pudesse me entender. 

Respirei fundo e limpei as lágrimas imediatamente ao perceber o que fazia. Estou lamentando a minha vida para o meu filho recém-nascido.

Tirei-o da banheira e o sequei. Coloquei seu pijama, o deixei dormindo no quarto escuro e desci para pegar Jessie com Harry. 

Harry

Eu havia colocado Jess pra dormir enquanto Alice terminava o banho de Cody. Eu estava indo para falar sobre isso, mas eu ouvi um choro baixo enquanto eu passava pelo corredor do banheiro. Assim que parei e encostei na porta, pude ouvir a seguinte frase: "Quando ele trazê-la pra cá, não me deixem de lado". Ela continuou a falar diversas outras coisas e por fim disse: "Vocês são a única coisa que eu tenho".

Juro por tudo que é mais sagrado que eu senti uma dor no coração ao ouvir aquilo. Então é isso que se passa em sua mente? Eu te amo, nunca trocaria por ninguém. Você é a mulher da minha vida, mãe dos meus filhos, dona da outra aliança que eu percebi que ainda não tirou. É você quem eu quero! Pensei desesperado.

Desci as escadas até tonto. Eu não conseguia acreditar, ela ainda realmente sente algo por mim.
Continuei pensando incansavelmente, até que ouvi seus pés batendo na escadas significando que ela estava descendo. 

Quando a avistei, não pensei duas vezes, a agarrei e beijei com toda a minha vontade. Não estava me importando se segundos depois iria levar um belo tapa no rosto, apenas queria senti-la contra meus lábios. Eu quase podia sentir ela me empurrar, mas notei algo surpreendente. Ela estava correspondendo com lágrimas nos olhos, ela esperava e queria muito aquilo. Eu estava a aproximando ainda mais para mim, quando de repente ela me empurrou se soltando.

- Para! - Ela gritou e eu observava lágrimas desesperadas saírem de seus olhos. - Nunca mais faça isso! 

- Eu te amo. - Mordi os lábios enquanto ofegava pelo beijo.

- É só uma questão de tempo até você me esquecer! - Numa tentativa fracassada, limpou as lágrimas.

- Eu te amo. 

- Não, não ama! - Gritou. 

- Eu te amo. - A olhei sério. 

- Para! Pra que ficar dizendo isso?

- Além de ser a verdade, é a unica coisa que você precisa saber que eu sinto. Pra ter uma noção, eu amo mais os seus beijos do que a mim mesmo, são tão bons que não tem nem com o que comparar! Eu não estou mentindo, é serio.

- Me esquece! - Subiu as escadas rapidamente e eu fui atrás dela.

Ela estava correndo pra dentro do quarto, mas eu consegui agarrá-la pela cintura, com cuidado, óbvio, ela estava se recuperando.

- Me solta - Sua voz e seu corpo estavam fracos.

- Eu ainda sei os efeitos que tenho sobre você, cada um deles. - Cochichei em seu ouvido. - Não adianta fugir.

- Tire as mãos de mim! - Tentou gritar, mas sua voz falhou o que a denunciava. Ela estava nervosa.

- Eu te amo. - Cochichei novamente. - Eu te amo. - A virei devagar pra mim e fui me aproximando. - Eu te amo. - A beijei lentamente.

Ela correspondia com paixão. Seria inútil se não fizesse, eu a convenceria. Aquilo era bom, o melhor eram as mãos dela. Uma no meu pescoço e a outra no quadril. Era incrível o fato de que com um simples gesto, ela me deixava maluco. Completamente doido por ela, ainda mais do que já era. 

Depois do beijo, ela me abraçou forte com carinho e entrou no quarto fechando a porta na minha cara.

Primeiro ela corresponde e depois fecha a porta na minha cara. Não entendo...




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