Secretária ou Namorada? (Louis Tomlinson) - Capítulo 1 - Meu Cotidiano


Mas um dia de cansaço naquela movimentada empresa. Estávamos todos ocupados com várias tarefas e deveres do dia. Sim, trabalhar numa empresa de Negócios e Marketing é bem mais complicado do que parece ser. Principalmente na semana que antecede o Natal. Isso vira um grande inferno!
Mas para falar a verdade, aquele lugar era ótimo para mim. Eu estava lá por muito tempo e simplesmente adorava meu trabalho.
Bom, a única coisa que me fazia repensar tudo isso, era o fato de ter um chefe completamente babaca e sem noção. Senhor Tomlinson.
Bom, ele não era bem o meu chefe. Na verdade, ele estava lá apenas para fazer graças, pois as pessoas que mandavam e dirigiam tudo aquilo eram os tios dele.
Sempre imaginei que a figura correta de "meu chefe" seria um homem sério, maduro e exemplar, porém Tomlinson é o completo oposto disso. Desde que pisei nessa empresa, nunca consegui compreender como alguém como ele conseguiu um cargo tão alto e importante como aquele. Bom, na verdade é óbvio. Tios ricos.
Para minha sorte, eu estava apenas a uma hora do fim do meu expediente. Eu teria que aguentar só até o resto da semana e depois estaria completamente livre para curtir o pouco de férias que me era atribuído! E além disso, eu já estava muito animada para o meu novo encontro marcado para mais tarde!
- Senhorita Martins? - Pablo, meu assistente e jovem aprendiz apareceu na cafeteria da empresa onde eu me encontrava.
- Sim? - O dei atenção para que ele prosseguisse.
- O Senhor Tomlinson exige sua presença no escritório dele. - Disse ele como sempre formal.
- Meu Deus, o que esse homem quer?! Acabei de sair de lá! - Me revoltei, já era a quinta vez no dia que ele me solicitava. Porém assim que notei minha postura grosseira, rapidamente me corrigi. - Quer dizer, obrigada por avisar Pablo. - Sorri cordialmente.
Com toda educação que tinha, ele sorriu divertido.
- Sem problemas. Eu sei como ele pode ser insuportável as vezes. - As vezes? - Mas aconselho que se apresse, ele parece estar um pouco impaciente.
- Tudo bem, eu já vou.
Rapidamente saí da cafeteria e fui diretamente para o vigésimo quinto andar, cujo o último onde a sala de Tomlinson se encontrava. Assim que cheguei lá já haviam se passado quase cinco minutos, mas não hesitei em bater em sua porta. Três pequenas e suaves batidas.
É melhor que não seja outro motivo fútil como sempre!
- Com licença, Sr. Tomlinson. Mandou me chamar? - Entrei após sua permissão.
Já dentro da sala, observei o homem engravatado sentado na mesa à frente naquela sala enorme.
Tão bonito, porém tão cretino...
- Sim, chamei. - Parou o que fazia para me observar. - Mas você demorou tanto que nem me recordo o porquê.
Quase que involuntariamente minhas sobrancelhas se arquearam, porém tentei disfarçar quão incrédula eu estava com a declaração dele.
Eu juro que vou...
- Estou brincando. - Sorriu divertido, porém não achei graça alguma. - Se aproxime, preciso que assine alguns papéis ainda hoje. - Se levantou, deu a volta na mesa e me entregou uma enorme e pesada pilha de papéis.
O que?!
- Mas Sr. Tomlinson, isso vai levar horas. - Tentei me justificar. - Eu sairia daqui só amanhã! Sem contar que eu tenho um encontro hoje com o... - De repente me toquei que a hora de calar a boca já havia chegado, e até passou do ponto. Ele era o meu chefe, mas não precisava saber de nada disso.
- Encontro? - Cruzou os braços e apoiou o quadril na mesa enquanto me olhava interessado. - Tem um encontro hoje?
Tinha que ser você e essa boca enorme, não é Martins?!
- Sim, mas não é nada import...
- E com quem pretende sair essa noite? - Ele me interrompeu diretamente.
Não é da sua conta!
- Hum... Kyle. - Falei um pouco receosa.
- Kyle Bush? O assistente de Marketing do andar quatro? - Sorriu sarcástico. - Acredite, você não vai perder nada. - Saiu do local onde estava e voltou a se sentar em sua cadeira presidencial.
- Mas eu... - Tentei entrar num acordo.
- Caneta azul, nada de assinar os papéis com caneta azul. Apenas preta. Se demorar é sua desculpa, então comece logo. - Porém fui interrompida novamente.
Continuei parada por uns instantes sem conseguir acreditar naquilo. A raiva era o que mais me consumia naquele momento. A minha vontade era jogar ele dos vinte e cinco andares daquele prédio de cabeça para baixo em cima de um arbusto de cactos.
- Ok, Sr. Tomlinson. - Suspirei baixo.
Tentando manter a calma, eu fui para o meu escritório que ficava bem ao lado do dele. Enquanto eu andava no corredor com aquela montanha de papéis, os demais me observavam assustados e provavelmente se perguntando como eu, a louca, havia aceitado esse desafio. Mas para falar a verdade nem eu mesma sabia o porquê.
Já na minha sala, faziam quase três horas de que meu expediente havia se encerrado. A empresa estava menos movimentada e calma, mas já minha cabeça... Ah, a minha cabeça só pensava em vingança, morte e muita desgraça. Eu já havia pensado em vários métodos de tortura e coisas semelhantes, mas nada parecia suficiente para atormentar a alma daquele cretino!
- Tomara que ele tenha uma morte fria e sangrenta no meio de uma guerra no Afeganistão! - Esbravejei pela milésima vez. - Mas se possível, que ele ainda caia de cabeça desse prédio em cima dos arbustos espinhentos do térreo! Cretino, miserável, desprezível!
Assim que terminei, joguei a caneta sem delicadeza nenhuma em cima da mesa. Meus dedos estavam dormentes e meus olhos estavam até embaralhados de tanto ler. Eu não aguentava mais, precisava de descanso!
- Nascer rica é pedir demais?! - Murmurei enquanto me levantava com aquela grande pilha de papeis.
Chegando na porta dele, bati três vezes. Sem respostas tentei novamente com mais três batidas. Nada de novo.
Como não houve respostas, tomei a liberdade de entrar. Forcei a maçaneta para baixo e empurrei a porta. Assim que completamente aberta, vi que não havia ninguém por ali.
Desgraçado! Me manda fazer o trabalho dele e vai embora! Mas não é possível tanta audácia!
Revoltada, praticamente joguei os papéis em cima da mesa e já estava me retirando. Porém enquanto eu concluía minha saída, ouvi sons um pouco desagradáveis vindo do banheiro do grande escritório: arfadas pesadas.
Não, não era preciso ser uma gênia para saber o que estava ocorrendo lá dentro. Para um bom entendedor, meio gemido já basta.
Argh! Que nojo.
Apenas revirei os olhos e me retirei por completo dali.
Já no aconchego de minha sala, eu arrumava minhas coisas para sair. Um pouco antes de começar, eu já havia avisado a Kyle sobre adiar o nosso encontro e ele não pareceu se incomodar. Na verdade, ele compreendeu de uma forma surpreendente, até porque conhece o chefe que temos. Bom, um problema a menos.
- Lara. - Ouço a voz de alguém e me assusto com a repentina aparição.
- Que susto, Sr. Tomlinson. - O olhei surpresa.
- Me desculpe. - Falou rapidamente. - Bom, acabei de revisar os papéis que colocou na minha sala. Porém faltou este. - Estendeu a folha.
'Tá falando sério? Assine você essa droga!
- Me desculpe, eu ando meio desatenta. - Sorri fraco já pegando o papel e assinando em seguida. - Aqui está.
Reparando melhor em suas vestimentas, pude notar que estavam um pouco amarrotadas.
Por que será, não é?
- Está tudo bem? - Questionei. - Suas roupas estão um pouco amassadas. - Olhei para ele inocentemente.
Quero ver escapar dessa!
- Eu estava ajudando Ruby numa emergência séria. Mas não se preocupe, ela está muito bem agora. - Sorriu.
Que descarado! Além de estar com aquela cachorra no banheiro do próprio escritório, ele ainda consegue alterar os sentidos da frase. Cretino dos infernos!
- Ok, então eu já vou. - Peguei as minhas coisas rapidamente e me despedi. - Até amanhã. - Saí.
Eu não aguentaria mais um segundo sequer junto com aquele mentiroso de uma figa! Que tipo de exemplo ele acha que passa para nós, seus subordinados.
Isso é ridículo!
Não demorei muito a chegar em casa. Logo após o banho, resolvi ler alguns e-mails que costumo receber semanalmente da minha família. Eu sentia tanto a falta deles, muito mesmo. Sempre se preocupavam comigo e isso era algo impagável. Ter uma família que te ama e se importa não é para todos...

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