Destiny (Justin Bieber) - Capítulo 6



Acordei antes dela. Provavelmente foi tomada pelo cansaço e preferiu ficar na cama por mais tempo. Resolvi pedir o serviço de quarto, e assim que terminei o banho, bateram na porta. 

- Oi. - Sorri fraco, aquela vadia já estava me irritando. 

- E aí? - Ela piscou. 

- O que você quer? - Revirei os olhos. 

- O que você acha? - Olhou para o meu corpo. 

Ah, ótimo dia para atender a porta de toalha seu arrombado.

- Eu estou ocupado, diz logo o que você quer. 

- Talvez algo que você vê no espelho todos os dias. - Mordeu os lábios. 

- Porra. - Eu já estava irritado. 

Eu estava começando a ver porque (Nome) tinha razão. Ela podia ser gostosa, mas era completamente grudenta e irritante. Aquela mulher estava me causando náuseas, coisa que eu nunca havia tido. 

- E então? O que acha de irmos no meu... - Ela iria terminar aquela proposta, mas foi interrompida. 

- Justin, aonde você jogou o meu sutiã? - (Nome) apareceu ao meu lado na porta vestida apenas com uma das minhas blusas e uma calcinha. 

- Ahn? - Olhei completamente confuso para ela, mas aí entendi. 

- É, o meu sutiã! - Em seguida, olhou pra Eleanor - Agh! Ele sempre teve essa mania de jogar as minhas roupas ferozmente pelo quarto, sempre desesperado para começar logo. Ontem mal fomos as preliminares, apressado! - Olhou para mim sorrindo. Ah, como era falsa. 

- Ah, foi mal. - Ri. - Não consegui me segurar, você estava muito gostosa. 

- Querido, na frente das visitas não! - Me deu um tapa.

Eleanor me olhou confusa. 

- Achei que fossem separados... 

- É que as vezes cometemos uns pecados... sabe? - (Nome) sorriu. - Temos coisas para fazer, até mais! Tchau, não volte. - Bateu a porta na cara dela. 

Ela foi até a cama e se jogou novamente. 

- O que foi isso? - Me aproximei dela rindo.

- Achei que precisava de uma forcinha para dispensa-la. - Sorriu.

- Bela jogada. - Deitei ao seu lado. - Eu nunca pensaria nisso. 

- Eu sei, sou uma ótima ex-mulher. 

- É, é mesmo. - A olhei. - E você fica ótima nessa blusa. 

- Ah, obrigada! - Riu. 

- Mas você mentiu feio em uma das coisas. 

- Serio? O que? - Me olhou confusa. 

- Eu nunca dispensaria preliminares. 

- É, isso me irritava muito. - Revirou os olhos. 

- Não tenho culpa, você sempre foi muito afobada. Já queria que eu te... 

- Sem detalhes! - Fez sinal de pare com as mãos e me fez rir. 

Ela riu e olhou para o teto. 

- Justin, vamos passear hoje? - Me olhou animada. - Quero ver a torre e conhecer um pouco mais a cidade. Da última vez não vimos quase nada! 

- Tudo bem, vou me trocar. - Me dei por vencido. Aliás, eu também queria ir. 

Quando terminei de me arrumar, saí do banheiro e vi que ela estava em frente ao espelho finalizando com um de seus perfumes favoritos. Ela estava linda, completamente maravilhosa. 

Caminhávamos lado a lado em silêncio. Ela dava atenção a linda paisagem enquanto eu a observava discretamente. Talvez fosse complicado admitir, mas eu sentia falta dos velhos tempos. Dos nossos velhos tempos. Sei que éramos felizes, mas agora tudo mudou e eu terei que me acostumar com isso. Sempre achei que quando eu assinasse os papeis do nosso casamento, nossa vida junta duraria mais do que quatro anos e três meses. As coisas aconteceram tão rápido, não queria que as coisas acabassem assim. 

Assim que chegamos próximo a grande Torre Eiffel, os olhos dela brilharam como da primeira vez que estivemos em Paris. Aqueles olhos que me hipnotizavam e me faziam ceder a qualquer coisa, eram lindos. Era por eles que eu havia me apaixonado, era por aquele olhar.

- Justin! - Ela me chamou me despertando dos devaneios. 

- O que foi? - A olhei assustado. 

- Tira uma foto comigo. - Sorriu. 

- Ah, ok. - Falei um pouco confuso. 

Ela virou a câmera frontal de seu celular e tirou. 

- Ficou ótimo. - Riu.

Logo que voltamos a andar, os devaneios voltaram me deixando cada vez mais vulnerável. O parque estava cheio e pessoas passavam por todos os lados. Casais e crianças. Ah, como a vida adorava jogar isso na minha cara... 

- Quer almoçar? Acabei de ver um restaurante. - Falei assim que percebi que o meio dia nos alcançava. 

- Pode ser. - Aceitou. 

[...] 


- Own, ele me deu uma rosa! - Pronunciou contente. 

Havíamos acabado de nos afastar de um mímico. 

- Você queria um namorado e ganhou um mímico. - Falei risonho. 

- Ha - ha - ha! Engraçadinho. - Disse sarcástica. 

Eram quase seis horas, o céu estava quase escurecido por completo. Quase não haviam estrelas no céu, mas continuávamos andando. 

- Oh - meu - Deus! - Falou pausadamente assim que parou de andar. 

- O que foi? - Olhei confuso. 

- Justin, nós estamos no Rio Sena. - Disse surpresa. 

- Eu conheço esse lugar, foi aonde trancamos nosso cadeado. - Me referi a Ponte dos Cadeados onde pisávamos. 

Ela ficou calada olhando algumas pessoas que passavam por ali, estava muito atenta. Ao fazer o mesmo, vi que ela observava um casal que acompanhava duas crianças. O rapaz se abaixou até as crianças e pude ouvi-lo falar: "Há nove anos atrás, eu e a mamãe trancamos um cadeado nessa ponte em símbolo do nosso amor e até hoje estamos juntos." 

Suspirei, aquilo era bobagem. Para comprovar, bastava apenas olhar para mim e (Nome). Uma ponte não garante amor eterno, ninguém garante. 

Olhei brevemente para (Nome) e percebi que ela não estava bem. Seu olhar estava parado e uma expressão decepcionante tomava conta de seu rosto. Ah, ela havia voltado ao passado. Estava lembrando de quando éramos nós ali, realmente acreditamos que daria certo. 

- Vamos, já está tarde. - Coloquei uma das mãos em seu braço. 

- Foi um erro. - Riu sem humor. 

- O que? - Perguntei confuso. 

- Nós fomos um erro, Justin. - Vi seus olhos marejados. - Olha para nós, acha mesmo que valeu a pena passar por tudo isso para depois seguirmos rumos opostos? 

- Só não deu certo, não significa que fomos um erro. Eu fui feliz com você e não me arrependo. - Me posicionei em sua frente. 

- Mas eu sim. - Suspirou e confesso que aquelas palavras foram como agulhas me atingindo. - Me arrependo de ter cruzado o seu caminho, Justin. Não valeu de nada passarmos por tantas alegrias se agora elas não significam mais nada. Eu já abri os meus olhos, faça o mesmo antes que se magoe mais. 

- Eu ainda tenho esperanças para nós, (Nome). 

- Não existe mais nós Justin, nunca existiu. - Se soltou de minhas mãos e começou a andar de volta para o hotel.


- (Nome)... - Chamei, mas ela estava longe demais para ouvir. 

Preferi deixá-la ir, ela precisava de um tempo. Ou talvez de muitos. Depois de um longo tempo, voltei ao hotel e percebi que ela já dormia. Talvez eu já soubesse que ela me odiava ou tinha certa repulsa por mim, mas nunca imaginei que ela se sentia arrependida de ter me conhecido. Aliás, o que fiz de tão grave a ponto de merecer todo esse rancor? 

- Bieber? 

- Diga, Nick.

- Talvez eu esteja muito em cima com esse aviso, mas a empresa que os contrataram precisam do projeto para amanhã após o almoço. Estão prontos? 

Eu estava na sacada enquanto o vento gelado me castigava. 

- Claro. - Suspirei olhando em direção ao sofá. 

- Você não me engana, o que aconteceu dessa vez? 

- Problemas, como sempre. - Suspirei e passei as mãos pelo cabelo nervoso.

- Bom, assim que voltarem terei uma seria conversa com vocês dois. Preciso ir, até logo. 

Não tive motivos para continuar acordado, então fui direto para a cama e me rendi ao sono. 

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